OIÇO-TE


Oiço-te

voz de água fresca

que me escorre, fugaz

pelos socalcos da pele


sussurro de vento

a amaciar-me

a inquietação da carne


ternura, ensejo

de pássaro que alvora

ao adormecer da lua


oiço-te

bocejo sorrisos

e deixo-me dormir. 


Francisco José Rito



Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco