O ADEUS
Em tua honra
libarei o melhor néctar
e farei do meu corpo
porta aberta
à voragem que legaste.
Encomendar-te-ei.
No altar de Pérgamo
sussurrarei o teu nome
ao ouvido de Tânato,
para que a tua hora
seja da cor da prata,
o seu dorso te seja ponte
em todos os pântanos
e o seu sopro te abra as portas
de todas as muralhas.
Depois beijar-te-ei,
com um beijo molhado
que te refresque os olhos baços
e o sal da minha dor
te purifique a alma.
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