A VOZ E A ALMA
Oiço-a, pálida, clara, transparente
essa voz que canta versos mudos
que em surdina suspira juras cavas
tão doce voz que do teu peito exala
o bárbaro sentir com que desejas
todos os sabores, todos os prazeres
essa
voz que
emerge
e
que se espraia
no silêncio infinito dos meus olhos
que
é alma
que geme e que murmura
como
a
prece
no claustro
solitário
onde extasio e em transe regozijo
essa voz que amansa porque é alma
essa alma que encanta porque é voz.
Francisco José Rito
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