Toco-te, gentilmente,
como quem borda letras a canela,
num prato de arroz doce
e deixo-me deslizar em ti,
como quem se embrenha nos canteiros de hortênsias ruivas
da beira do caminho.
Descanso o meu olhar nas linhas do teu rosto.
Fecho os olhos e imagino-te longe,
para os abrir de seguida,
com a ansiedade de quem procura a coisa amada.
Faz-me falta olhar-te sempre como se fosse a primeira vez.
É preciso não banalizar as tuas cores.
É preciso sentir saudades tuas.
Francisco José Rito
(fotografia de Camilo Rego)


1 comentário:

  1. Como é agradável,ainda conseguirmos ler algo com tanta expressão e com tanto realismo...quase palpável!

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