TRAGO NOS OLHOS A RIA
Sou filha da maresia
Desde cedo acostumada
A arrancar o pão da ria
A acordar de madrugada
Ao romper da alvorada
Cruzava a barca os
canais
Vida ingrata, castigada
Por marés e vendavais
Ó terra de pescadores
Paisagem do meu agrado
Murtosa dos meus amores
A ti dedico este fado
Ó terra de pescadores
Paisagem do meu agrado
Murtosa dos meus amores
A ti dedico este fado
Trago nos olhos a ria
Que me alimenta a saudade
Recordações que eu queria
Levar para a eternidade
Moliceiros, homens de garra
Rostos tisnados pelo sol
Ao abrigo do farol
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