DE VARA AO PEITO
Nasceu com a brisa da praia mansa
Nos olhos o mar, na boca a maresia
Dormita em lençóis de areia fria
Ao som das marés é que descansa
Nos olhos o mar, na boca a maresia
Dormita em lençóis de areia fria
Ao som das marés é que descansa
É marnoto? É marinhão? É moliceiro!
Alma envolta na vela, que faz frio
Garra lavrando a Ria em desvario
Para ser de entre todos o primeiro
Na proa tranca os medos de menino
Ao leme enfrenta a sina com coragem
De fé e vara ao peito se faz a viagem
Que é crença e luta e raiva e desatino
E se a faina se arrasta a horas mortas
Cruzando os canais pardos, medonhos
Vai bolinando em vagas de sonhos
E é no sonhar que endireita as costas
versos de Francisco José Rito
fonte da imagem: "Aveiro e Cultura"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco