FÉNIX
Renasço da lava quente.
Broto do fogo
e olho para dentro do corpo
cinzelado e transparente.
As veias são caminhos
que me levarão a outros corpos.
O sangue petrificado
- a estrada, a ponte,
a unir montanhas inventadas.
Planto a minha loucura
na leiva solitária e branca.
O caderno é campo fértil,
que o arado da alma amanha e fecunda.
Alucino, transpiro e rego a palavra
com o suor virgem da minha inquietação,
e daí nasce o pranto acre e febril
que por vezes é poema
e outras vezes perdição.
Depois…
Depois ardo de novo,
para renascer mais além.
E outros versos nascerão
dos confins da alma ardente.
Francisco José Rito
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco