NADA DO QUE FOI O É AGORA
Rasga o Outono a magra folha ferida
Pela morte que em seu ser dormita já
Sabendo-lhe a pobre alma já vencida
Que a tão pálido adeus não resistirá
De ingratas ilusões se fazem dias
Pois nada do que foi o é agora
Finou-se em si o sol que lhe trazias
Resumindo-o ao pasmo desta hora
Se lhe desfaleceu tudo o que ama
Já não lhe resta brado nem vitória
Por ti suspira apenas, por ti clama
Exposto em altares de negra glória
Aos teus olhos de rio mandou recado
Que esperem pelos seus, se tu quiseres
Que pronto partirá para qualquer lado
– Pra onde tu foste, amor. Aonde estiveres!
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