DOR
a dor fecunda o poema
a alma dita-o
a mão talha-o
pintam-se de sangue
páginas brancas
enchem-se de fé
peitos vazios
há seiva açucarada
no sangue dos poemas
cada verso
é um resquício
do que partiu
cada palavra
uma lágrima
do que ficou
é da dor
que se alimentam os poetas

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