MEU AMOR DA NOITE
Quando a lua boceja beijos ternos
No fulgor dos amantes destemidos
A noite é a trincheira dos sentidos
Que procuram em vão refúgios ermos
Correm horas velozes, escondidas
No rosto dos que buscam felicidade
Disfarçados nos cantos da cidade
Ou perdidos no rasto de outras vidas
Moribundos na noite, que vagueiam
Por onde o amor corre em desatino
Sedentos de cumprir o seu destino
Traçado nas bocas que incendeiam
Amor em tom de dor, amor primeiro
Ó meu amor da noite, ferida aberta
Que vens mas nunca vens à hora certa
Que chegas mas não chegas por inteiro
Francisco José Rito
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco