TEU CORPO VULCÃO EM CHAMA


Principiou num sorriso
Um turbilhão sem aviso
Que aos dois enlouqueceu
Nesse momento infinito
Quando a alma solta um grito
Foi o amor que aconteceu

Com a carne humedecida
De desejo, libido e vida
Dois corpos entrelaçados
Nosso amor, uma eternidade
Que se vestiu de ansiedade
E momentos inacabados

Ilusões em nossos peitos
Emoções, sonhos desfeitos
Em encruzilhadas perdidos
Enganados pelo ciúme
Cedemos ao azedume
Mal fadado dos sentidos

Nadamos p'los mares da vida
Em cada manhã a despedida
De outros tantos seres diferentes
As mágoas e frustrações
Trouxeram falsas paixões
Aos nossos corpos carentes


Saudades das noites calmas
Que nenhuma dessas almas
Se atreveu a colmatar
Teu corpo, vulcão em chama
Resgatou-me à nossa cama
Onde aprendemos a amar

Francisco José Rito



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