REFLEXO

A janela dos olhos mostra-me inquietudes,
mas eu pinto peixes ruivos nas cortinas.
Fecho a janela. Fecho-me de mim!
Resgato outros brilhos. Invento outras cores. 
Visto o meu reflexo. Ressignifico-me!
E aqui, entre o naufragar e o voar,
o rasgar sorrisos e o amordaçar prantos, 
construo caminhos novos...
Troco água salgada por palavras doces
e sonhos frescos por lábios salgados.


Francisco José Rito, para uma fotografia de Adriano Coutinho


Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco