NÃO TE DEIXAS LER
Pões-me a cabeça à roda.
Pintas-te de frases que ainda não li,
camuflada, a disfarçar o desejo que te queima.
Sussurras-me ao ouvido versos sensuais,
dança almiscarada de palavras quentes
– noz moscada, anis estrelado, açafrão…
Uma estrofe a roçar-me o joelho,
uma quadra pousada no meu ombro trémulo,
uma rima feita à pressa,
qual beijo roubado ao soneto dos teus lábios.
És uma história de amor à moda antiga.
Um quê de erotismo, um quê de pudor...
... chama que se acende a cada poema,
que me abrasa e provoca todos os sentidos.
Dispo-te a capa e a contra-capa,
onde te escondes dos meus dedos ansiosos.
Desfolho-te, página a página,
sinto-te, toco-te, cheiro-te,
mas não te entendo.
Não te deixas ler!
Francisco José Rito
Pões-me a cabeça à roda.
Pintas-te de frases que ainda não li,
camuflada, a disfarçar o desejo que te queima.
Sussurras-me ao ouvido versos sensuais,
dança almiscarada de palavras quentes
– noz moscada, anis estrelado, açafrão…
Uma estrofe a roçar-me o joelho,
uma quadra pousada no meu ombro trémulo,
uma rima feita à pressa,
qual beijo roubado ao soneto dos teus lábios.
És uma história de amor à moda antiga.
Um quê de erotismo, um quê de pudor...
... chama que se acende a cada poema,
que me abrasa e provoca todos os sentidos.
Dispo-te a capa e a contra-capa,
onde te escondes dos meus dedos ansiosos.
Desfolho-te, página a página,
sinto-te, toco-te, cheiro-te,
mas não te entendo.
Não te deixas ler!
Francisco José Rito
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