DOR OU A ÚLTIMA CARTA
A cruz vem-lhe de longe
dos confins da tempestade
velas rasgadas
nas veias obstruídas pela dor d´alma.
Chegou a ser ilha
com a fascinante sedução das ilhas
o corpo em chama
desenhando rituais na pele do vento
berço de danças exóticas.
Depois submergiu
e a música fundiu-se no lodo.
O tempo das maçãs extinguiu-se no tempo
e os frutos caíram na relva molhada.
Jamais o seu sol sucumbirá
aos caprichos da noite
mas sim, há-de ser trevas
eternizando a beleza na escuridão.
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