O amor é coisa para se perpetuar na alma
Se eu te pedisse
para me resgatares às malhas da insónia
saberias procurar-me na apatia da noite?
Penso que nem notarias
o desalento das horas mortas
em que o sol nos castiga e se esconde,
negando-se a corar-te as faces.
É mais seguro pensar-te sempre a meu favor
como as rosas brancas que nunca destoam
ou a brisa que refresca a planície sem derrubar os girassóis.
Prefiro acreditar
que se te rasgasse as paredes do peito
e te arrancasse o coração,
tu continuarias a amar-me
porque o amor é coisa
para se perpetuar na alma
e não na carne regressada ao pó.
Se eu te pedisse
para leres este poema
saberias decifrar os meus recados?
Francisco José Rito
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Este espaço é seu. Use e abuse, mas com respeito, principalmente por quem nos lê. Francisco