VAREIO


Olhar-te

é mergulhar na intemporalidade do tempo

e descobrir sorrisos novos

na ternura dos tempos passados


Amar-te

é cultivar o amor cobarde que em mim mora

É sonhar-te como a algo que se adora

por não se poder ter.


Escrever-te

é rasgar o ventre da terra

e construir paredes de palavras

Alicerçar sentidos

Cimentar promessas


É Dezembro

O sol deita-se cedo

Arrefece

e eu a pintar-te beijos coloridos

no preto e branco dos dias


poema de Francisco José Rito

fotografia de Maggie Luijer



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