INVERNO


O banco vazio. 
A mala cheia de ansiedade,
no cais salgado de pranto
e de saudade.

Ao longe, onde o azul se fez gris,
o barco que não chega 
afunda nas vagas
o rôxo queixume da separação.

A mala cheia de sonhos
e eu vazio de esperança. 
Perdido, à tua espera;
sem saber de nós.

O banco vazio,
a vida parada,
a entrega adiada,
o sol sem brilhar,
o barco não chega,
o abraço por dar...

Francisco José Rito


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